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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Coitada da Fluminense

Nada se vê
Pela tevê
Pela janela

Lá vai ela
Rio abaixo
E mais um cacho
De gente estranha

Que tem preço de banana

Por que?
Porque quer ser.

Por assim continuar
Por não diferente estar
Por não querer pensar
Se vai assim ao mar
Da cidade fluminense

sábado, 16 de novembro de 2013

Leitura

Ah, os dias da escrita
Da forma jamais dita
Senão por dedos

Não é cedo
Que ouvirás assim

Ao menos de mim
Pois sou pouco
Um mero troco
Desta cobrança

Filho da criança
Que um dia leu
Esse sou eu
Do meu passado
Mero escriturário

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Criações Perdidas

E agora, onde mora
A criança que olha
Para fora em infância?

Esperança procura
À altura e não cansa.
O que alcança segura
Sem nenhuma arrôgância

Agora quem procura sou eu
De janelas fechadas ao céu
Um discípulo de Prometeu
Que ao não cumprir seria infiel
Para os olhos dados a Morpheu

Um perdido Cupido
Um achado Tanathus

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Trava-Língua #1

Bia e Bru brincam de bolo
Bia e Bru bobeiam co' ovo

O ovo que é novo
Sem asa em voo
Cai e se quebra
E se esparrama

Esquece o estorvo
Começa novo
Com um outro ovo

Bia e Bru são boas de bolo,
Bia e Bru bobeiam de novo
E de ovo em bolo
De bolo em bolo
Farinha e ovo faz lama

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Elefantes Alemães



Me disse uma amiga
Que alemão também xisa
Não com C mas com o Z



E você não irá ver
Mais uma letra apenas



Bem ao norte de Vienna
Verás naquela altura
A sua caricatura
Minima e elegante
De um grande elefante



E será nesse instante
De constância inconstante
Que você entenderá
O que no moderno há


Me é bem interessante

Decidir


O ente
Sente
Que pende

Do Ventre
Quente
Sob óleo
Fervente

Não há mais optar

Há o escalar
Entre mãos
A tentar
O esmagar
Constante

Ou o cair
Num instante

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

31 no Japão


Sanduíche é com x
Fica melhor

Sanduíches de lugares
Repletos de carnes
Gordos como nós
Como seremos nós

Mas sem salada
vai mal
Se puder por, sal

Atem ao ter
Ao querer
Ao saber
Que não tens
Mas diz querer ter.

domingo, 15 de setembro de 2013

Esferas Vistas


Ó o olho
E seu olhar

Não há terra
E não há mar.
Há só pensar

Ele tenta
Se atentar,
Mas o estar
Traz mal-estar.

Vai se cansar
Da espera
Por esfera
Qu'é a Lua
Ou o Sol

sábado, 14 de setembro de 2013

Elementar


O ar
Deságua
Desenterra
E afoga

Cantar
Apaga,
Espera
Refoga
Todos nós

Só então
Tendo estado

Desem
bara
çado

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O cliente tem sempre Razão


Lava e passa
Varre a rua com teu corpo
Faz massa e assa
Mas sem carne de cachorro

Eu vivo desse teu socorro
corro e Corro menos que tu
Mas da minha boca escorre
A cana que tu mói
E pra mim mal te faz jus

Pus eu pus na tua boca
Na falta de maca e vaga
Pra essa sua espécie

E só envelhece e esquece
Essa rua que é tua

Mas finjo que é minha

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Perdurar


A aurora
É agora
Mund'afora
D'or'em hora

Pralgumas
Deslubram,
Porém

Pois a noite
Que afoite
O açoite
Não já pois-se
Além

Perduram
Profundas

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Gravidade


Enormidade redonda
Me puxa pra ti
Feliz que sou de não voar

Me jogo pra perto
Mais que tu chamas
Como nunca antes quis
E pra sempre hei de querer

Mal posso esperar
Para te ver
Centro de vida
Qual minha querida
Que tanto hei de ver

Serás sempre bem vinda
Minha querida menina

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Despejo


Sai
Sai agora
Vai pra fora
Vai simbora

Tá na hora
De sair
Issaqui não é
Pra vir
E ficar só porque quer

Foda-se sua mulher
Fodam-se seus filhos

Vocês nunca me pagam
A vida me amargam
Vocês são impecilhos

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Cortada


O corte que corte
N'é um corte cortês
Pois se cortas um corte
Terás também sua vez

O que é
O que é
Que assim sempre foi

Nem o que corta
Nem o que corte

Apenas por conta de que corteis
pois assim cortarás outra vez
Quem cortar, seja ou não um rei,
Seja ou não sua lei,
Seja o que quer que há

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Descritivo


Ocorre corre
Qual do pó ao pobre
Na língua do saber

E ser do ser
Mais que sermos
Pois assim temos
No tão pensar

O vão pensar
De par em par
Perde seu lustre
Qual quem o use
Sem ver o teto

Mas é discreto
O seu gritar

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Dieta


Ca te cate
Oh carteiro
De punho certeiro

Mar te mate
Oh mastim
Pois foste
Ruim pra mim

Mas se masse
A minha massa

Que quem quis
E quer que o faça
Por mais ninguém passa
São todos minha praça
Por eu ser assim

domingo, 23 de junho de 2013

Há de Haver Ar


E há de se crer
Que andar por ver
Terá de fazer
Objetivar.


E por tal andar,

Até ver o mar,

Há de hesitar.


Há de hesitar.
Há de ser content'

Por estar a par
Que em todo mar
Pode se mostrar,
De qualquer lugar,
Algum navegar
Ou uma serpent'

Quisera Primavera


Entre tantos amores
Precisamos de flores.

Flores sem os odores
Do amor do perfume,
Do amor pelo cume,
Do amor pelo pisar,

Este amor está no ar
Há muito muito tempo.
Somos forçados a cheirar
Este falso invento,

E nos afogar no mar
Do mais puro excremento
Para fazê-las brotar.

Culpam-nos pelo cheiro.