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sábado, 13 de maio de 2017

O que diria Petrarca?

O que diria Petrarca
Syalguém usasse swa marca
Par'impô-la como dogma?

Que diri'o humanista
Syalgum pensasse, facista,
"Pois que nada mais exista!"
Após elyabrir portas?

Assim seria, amarga,
Experiência tão parca,
Uma vivência tão'sparsa
Buscando somente parcas
Que queiram pwesias mortas?

Ou ele teri'em vista
Quão bel'é a linha torta?

quinta-feira, 9 de março de 2017

A sós

Só só sobra.

Só soterra
Sobre sombra.

Só sorverá,
Socará,
Somará,
Sobreviverá,
Sobejará.

Sobre
Socado
Solo,

Somente
Sós
Sobram
Sobre o ser.

quarta-feira, 8 de março de 2017

A Prima Rima se Estima

Após cinzas escuros
com poucos azuis furos
que de manhã já vira

Mira-os bem dispersos
Versos de já se foi

Pois eis que de tão certo,
Tão suave agulha,
Qu'em seu cinza borbulha,
Ao seu senso assusta
Numa fosca mistura.

"Que importância teria
se nos trajes há noite
Ou se fosse de perto
A nacionalidade?"

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

"Dá a entender"


Não dá a entender.
Sou eu a dizer
e tu a ler.

Nesse par ou ímpar,
ficaremos presos nesse impasse.

Queres mesmo que passe
pelo fim da amizade,
Fim da nossa humana idade?
Deixar que se acerte o destino
por moedas e polegares?

Moeda que se não rodopiasse,
Cairia em pé numa fenda
Sem pender demais pra um ou outro,
Feliz em nos mostrar infinitos lados.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Coitada da Fluminense

Nada se vê
Pela tevê
Pela janela

Lá vai ela
Rio abaixo
E mais um cacho
De gente estranha

Que tem preço de banana

Por que?
Porque quer ser.

Por assim continuar
Por não diferente estar
Por não querer pensar
Se vai assim ao mar
Da cidade fluminense

sábado, 16 de novembro de 2013

Leitura

Ah, os dias da escrita
Da forma jamais dita
Senão por dedos

Não é cedo
Que ouvirás assim

Ao menos de mim
Pois sou pouco
Um mero troco
Desta cobrança

Filho da criança
Que um dia leu
Esse sou eu
Do meu passado
Mero escriturário

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Criações Perdidas

E agora, onde mora
A criança que olha
Para fora em infância?

Esperança procura
À altura e não cansa.
O que alcança segura
Sem nenhuma arrôgância

Agora quem procura sou eu
De janelas fechadas ao céu
Um discípulo de Prometeu
Que ao não cumprir seria infiel
Para os olhos dados a Morpheu

Um perdido Cupido
Um achado Tanathus